quinta-feira, 12 de março de 2009

Não muito alto por favor



O que difere o som da música? Por que será que a música "baixa" sempre foi considerada de elite e a alta de pobre?


A música da elite é o jazz e a erudita, e vou me dar o luxo de colocar a Bossa Nova no meio.


Os grandes nomes do jazz nunca tocaram nada alto. O som sempre foi baixo, pausado e intenso, cheios de pensamentos e inspirações.


A erudita, pelo que eu saiba, tem seus pontos altos, como Pavarotti, mas no mais, ela é uma música tocada baixa.


No caso da nossa Bossa Nova, que também é considerada de elite, ninguém de baixa e média renda a ouve. E isso é certo. N~em se quer conhece ou sabe ao menos do que se trata.


A Bossa Nova é baixa. O seu criador nunca teve voz, o famoso pianista e maetro nunca cantou bem. A "baixeza" da música o faz pensar. Você é obrigado a dialogar. Ela não é um som, um barulho em seus ouvidos, ela é uma música. Tem começo, meio e fim. Exige uma educação, não pode ser incorporada ao seu dia a dia de uma hora para outra. Você não acorda afim de ouvir Bossa ou jazz. Se você não se forçar para tal, certamente irá dizer que a música o faz dormir e que por ela ser lenta, ou pausada, ou exigente, é uma merda.


- Ai, é pra dormir aqui? Com esta música vou bodiar! Diz a rapaziada "animada" e moderna.


Por que será que a população de baixa renda ouve pagode e funk, ambos em volumes altíssimos?


A resposta para mim é simples. Porque não exige pensamento. Não exige entendimento. Do jeito que entra sai.


O volume da música ajudou o mundo a consumi-la. Sem as potentes caixas de som o mundo seria para poucos (vide Beatles, que apenas nos lugares da frente era possível ouvir o som. No fundo, os mais pobres, gritavam e abafavam o fraco som que chegava). A música ficaria eternamente só para os pensantes. Ainda bem que o som "aumentou" e todos podem rebaixar seus carros, abrir os porta- malas e botar seu Funk preferido. Salve a "Baixeza" da música, porque só ter um bom aparelho de som não significa que você irá ouvir algo bom.

terça-feira, 10 de março de 2009

Só mais uma terça feira...

Queria que um simples convite para um almoço virasse um fim de semana perdido na areia. Que aquele simples olhar perdido focalizasse os lábios que já foram meus e que por mim já aclamaram. Meus por pouco tempo, mas que traziam minha momentânia alegria de viver. Saudades daqueles longos cabelos loiros, dos simples comentários idiotas e daquela profunda falta de gestos e pensamentos nos reencontros. Do nada a declarar, passando por aquela vontade louca de ouvir...
Vontade essa que não sai nunca dos sonhos, que não sai do perfume eternizado pelo sofrimento e que tanto me persegue e me incomoda. Ah, se pudesses ver, rever e tentar. Se pudesse sorrir, beijar e trair. Não a queria so para mim, não gostaria de ser o único. Simplesmente queria poder dividir o abraço e os beijos de algo que eternamente considerarei meu.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Mais um cara consciente no mundo...

Por Sérgio Rizzo


Em sua mais recente crônica no site Sintonia Fina, “O fim da música”, o jornalista, crítico e produtor musical Nelson Motta propõe tema polêmico para debate.
“Assim como Fukuyama proclamou o ‘fim da história’, pode-se dizer que estamos vivendo o ‘fim da música’”, diz ele, referindo-se às ideias sobre o suposto triunfo do liberalismo político e econômico apresentadas pelo ensaísta norte-americano Francis Fukuyama no livro “O Fim da História” (1992).

“(Fim da música) Não no sentido apocalíptico ou de extinção, mas de saturação”, explica Motta. “Já temos música demais, há muito tempo, antes mesmo de todas estarem disponíveis na internet. Imagine que, no tempo em que você lê esta crônica, milhares de músicas, de todos os gêneros, estão sendo feitas no mundo inteiro e disponibilizadas na rede. Com certeza, apenas uma parte infinitesimal terá, por qualquer critério, alguma qualidade. O resto será puro lixo, apenas poluição sonora.”

De acordo com Motta, programas de computador permitem hoje que “qualquer um” faça música, “sem saber música e sem tocar qualquer instrumento”. “Depois do rap - a forma mais livre de música, porque não exige saber cantar nem tocar, bastam um beat e versos ritmados - nunca foi tão fácil fazer música. Ou pior, lixo musical, porque para fazer música boa, e bom rap, é preciso talento, que raros têm. Depois do rap, o que ainda se pode fazer de menos, em termos musicais?”
E desafia: “Quem pode produzir hoje uma ópera ou um musical da Broadway, não melhor, mas pelo menos no nível dos melhores? Como ousar canções de amor sofisticadas depois de tudo que Cole Porter e Tom Jobim fizeram? Como reinventar o rock, a MPB, a bossa nova, o soul, o folk, o flamenco?”

Talvez por esse motivo, na avaliação de Motta, a produção musical moderna mais interessante seja “a derivada da eletrônica e do hip hop, das fusões de ritmos e timbres, principalmente porque nada, melhor ou pior, já foi feito antes”.
Como este é um blog de cinema, e não de música, perguntas: seria possível trocar a palavra “música” por “cinema” na crônica de Motta e sustentar raciocínio semelhante, concluindo que exista também no campo do audiovisual uma “saturação”, com “imagens demais, há muito tempo”? E a “produção cinematográfica mais interessante” seria também alguma espécie de fusão que não guarde paralelo com nada, “melhor ou pior”, que tenha sido realizado antes?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Filme O Mistério do Samba




Odeio a Marisa Monte. Não acho que ela canta bem! Acho que tem no máximo uma vozinha afinadinha, nada além disso. Voz inexpressível e sem encanto.


Mas não irei falar mal só da voz da coitada, quero ir além.


No filme o Mistério do Samba, em que ela é quase uma "protagonista", acho que ela se queima. Não duvido que ela realmente fez a compilação dos sambas, que organizou e trouxe à tona muitas coisas boas, mas, ela não poderia cantar com a Velha Guarda. Uma coisa é ela cantar com o Paulinho da Viola, grande mestre, que tá sem voz e canta baixo. Outra é ela ir no meio da quadra e querer alcançar as Pastoras, Monarco e Zeca Pagodinho. Aquele momento é nítido que ela se sente mal, ela olha para os lados e nem se ouve. Pede apoio. Ela tem a voz abafada, sofrida e morta.


Eu a odeio. Mas acho que ela se odeia também. Quem disse a ela que aquilo ficou bom?Se no filme fica ridículo, imagine a impressão dos que estavam na quadra ao vivo. Ainda bem que eu só vi o filme!!




Marisa fique em casa! Obrigado!

Os verdadeiros músicos brasileiros




Tudo que quiseres te darei, oh flor
menos meu amor
darei carinhos se tiveres a necessidade
e peço a Deus para te dar muita felicidade
infelizmente só não posso ter-te para mim
coisas da vida, é mesmo assim,
Embora saiba que me tens tão grande adoração
eu sigo a ordem e esta é dada por meu coração
neste romance existem lances sensacionais
mas te dar meu amor, jamais.
A gente ama verdadeiramente uma vez
outras são puras fantasias, digo com nitidez
mas uma história de linguagens sensíveis e reais
o que quiseres mas o meu amor, jamais.